Junho é o Mês do Orgulho LGBTQIA+, um momento para relembrar todas as conquistas desse grupo, assim como as dificuldades que ainda persistem. Cada vitória foi o resultado de um esforço coletivo de milhões de pessoas ao redor do mundo, formando o movimento LGBTQIA+.
É bom lembrar que pessoas de todas as sexualidades e identidades sempre existiram, sejam elas gays, bissexuais, lésbicas, transexuais, queer, intersexuais ou assexuais, entre outros. Porém, muitos desses grupos sofreram repressão ao longo da história, apenas hoje sendo reconhecidos.
Para compreender o Mês do Orgulho, neste post, vamos entender melhor como surgiu o movimento LGBTQIA+ e quais foram suas principais conquistas.
As origens do movimento LGBTQIA+
Uma das principais origens está na Rebelião de Stonewall, em 26 de junho de 1969. O movimento começou como um protesto contra as ações policiais em Greenwich Village, nos Estados Unidos.
Na época, a força policial invadia e revistava bares e boates gays, sem provocação ou motivo aparente. Tudo isso levou a revoltas e protestos na Stonewall Inn, uma das boates afetadas.
Foram seis dias de revolta até os conflitos com a polícia cessarem. Porém, foi mais do que o suficiente para dar origem a vários grupos organizados, como o Gay Liberation Front. E não demorou muito para que grupos de ativistas lésbicas e trans também se articulassem.
O Brasil também teve sua própria onda de revoltas e organização civil no movimento LGBTQIA+ na mesma época, como forma de defesa contra a repressão da Ditadura Militar entre 1964 e 1985.
A resistência à repressão também levou à organização de movimentos por meio dos jornais Lampião de Esquina e ChanacomChana, representando grupos de gays e de lésbicas, respectivamente. Ambos ajudaram a denunciar a violência e manter a coesão durante a ditadura.
Os impactos do movimento na sociedade
Todos os anos de protestos do movimento LGBTQIA+ não foram em vão. Esses esforços garantiram vários direitos para as gerações futuras.
Veja alguns dos seus impactos positivos, a seguir.
Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Um dos direitos mais importantes, conquistado a duras penas, foi o direito ao casamento. Até 2011, a legislação brasileira não permitia a união estável entre pessoas do mesmo sexo.
A prática não só foi descriminalizada, como é proibido a qualquer cartório rejeitar a união.
Direito à adoção
O direito à adoção é outro ponto importante, abrindo as portas para a formação de famílias homoafetivas. Essa é uma forma de estender a esses grupos os mesmos direitos aos quais as famílias heteronormativas já tinham acesso.
Registro do nome social
Também já está garantido para pessoas trans e travestis o direito de mudar o nome social. O reconhecimento pela identidade que desejar é uma forma de dignidade que ainda precisa ser defendida, mas que já avançou bastante.
Maior presença e representação cultural
Para além da legislação, o movimento LGBTQIA+ também conquistou uma maior representação cultural ao redor do mundo. Hoje, é mais fácil do que nunca encontrar músicas, filmes, livros e festivais que refletem essas experiências para além dos estereótipos preconceituosos.
Apesar de todas as conquistas, a luta do movimento LGBTQIA+ ainda persiste. É importante celebrar o que já foi alcançado, sempre mantendo em mente todo o trabalho que ainda precisa ser feito.
E você, como pretende celebrar o Mês do Orgulho? Compartilhe com a gente nos comentários!